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Just Be

A vida depois do diário, que aqui partilhei ao longo de um tempo. Aqui vou continuar a partilhar "coisas" da vida e do que me rodeia. Viver, é agora a palavra de ordem.

Just Be

A vida depois do diário, que aqui partilhei ao longo de um tempo. Aqui vou continuar a partilhar "coisas" da vida e do que me rodeia. Viver, é agora a palavra de ordem.

01
Mai20

50 dias de Distanciamento Social e Isolamento

Just Be

Estou viva, com saúde, pelo menos física, mental não sei, se calhar teria que ser avaliada.

Se tem sido fácil? Não, mas já foi pior, ali por volta do dia 15 até ao dia 25 a coisa complicou-se, porque percebi que isto iria durar mais do que esperado e portanto fui-me abaixo. Mas de seguida disse a mim mesma, se é esta a nova realidade, tens que te adaptar, e assim fiz. Fui fazendo mudanças aos poucos e neste momento estou a adaptar-me a cada dia que passa.

Portanto cada dia que passa, torna-se mais fácil. A única forma de tornar as coisas mais fáceis é criar novas rotinas, pensar fora da caixa e cometer umas loucuras, pois neste momento ninguém leva a mal que eu coloque as luzes de natal no estendal. Aliás os vizinhos dizem que têm uma imagem maravilhosa, quando olham para a minha varanda. Será que vou conseguir contagiar a praceta?

Voltando às rotinas, comecei a ter horas para tudo, fiz inclusivamente uma tabela, fui acrescentado uma rotina por semana e assim tornou-se mais fácil. Para a semana que vêm, começa o exercício físico diário, deixei para ultimo, pois sabia que era o mais difícil e para não desmotivar logo no inicio, deixei-o para ultimo.

Ao criar rotinas, acaba por se tornar normal e começa tudo a fluir. Horas para levantar, meditar, comer e deitar. E por fim no final de cada dia organizar o que tem de ser feito no dia seguinte. Assim estou ocupada desde que me levanto às 6:00 da manhã até às 21:00.

Por volta das 22:00, começo a desacelerar, leio antes de dormir e agora uma hora antes de dormir não me conecto com nenhum dispositivo, seja TV, IPad, Smartphone ou PC. O sono melhorou muito, e já nem durmo tantas horas.

Criei uma espécie de estado de emergência adaptado à minha pessoa e às minhas necessidades.

Os meus níveis de energia estão muito melhores e a minha atitude perante esta realidade também começa a ser encarada a cada dia que passa com maior naturalidade. Afinal, esta é a nova realidade, este é o admirável novo mundo e nestas circunstâncias só sobrevivem os que se adaptam, não os mais fortes ou inteligentes. 

E para quem ficou sem rendimentos, como foi o meu caso, percebi que só havia dois caminhos:

Ou chorava ou fabricava lenços. Adivinhem por qual optei?

Não fabrico lenços, mas o meu propósito é ajudar quem puder, através de um estilo de vida adaptado às novas circunstancias, mas sobre isso falarei mais adiante.

e se ajudar uma pessoa por dia, mesmo sem o saber, já fico feliz.

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Mesmo que seja em casa

 

 

 

 

28
Abr20

O que o Covid-19 já me ensinou

Just Be

Este vírus têm sido uma espécie de livro de motivação, senão vejamos o que ele já fez comigo:

- Criei rotinas, após umas 2 semanas de procrastinação, quando percebi que isto estava para durar, fui-me um pouco abaixo, mas por saber isso mesmo, tive que me obrigar a lutar e tenho conseguido coisas que andei dois anos a tentar.

- Comecei a levantar-me muito mais cedo, estilo 6 da manhã, e faço todo um ritual, incluindo 20 minutos de meditação com os primeiros raios de sol.

- Por volta das 9:00 da manhã já fiz imensas tarefas, tenho muito mais energia durante  dia e sou muito mais produtiva. E, eu era uma pessoa que dizia que jamais me conseguiria levantar a tais horas, pois considerava-me nótivaga.

- Aprendi a ver, sim a ver. A contemplar cada pormenor, coisas que nem reparava, mas que estavam aqui em casa junto a mim. Como o desabrochar de um botão de uma flor.

- Faço refeições deliciosas, mesmo que sejam só para mim. Acho que se isto continua, ainda acabo como a Lili Caneças, e visto uma roupa toda XPTO, coloco uma mesa linda e depois num prato da minha melhor baixela(estou a brincar, nem tenho) umas Lulas recheadas com arroz.

- Aprendi a importância da falta de contacto humano, tenho saudades de abraçar o meu pai, e o pior é que não me lembro do ultimo abraço que lhe dê. Mas não posso, porque ele é de extremo risco. Tem todas as doenças das pessoas consideradas de risco, podia só ter uma, mas como ele é o máximo, tem todas. Amo-te muito pai. És uma uma força da natureza, ainda te vou dedicar um post, porque tu mereces.

- Aprendi vários significados: Resiliência, Adaptação, Paciência, Criatividade, etc

- Aprendi a gostar mais de mim, afinal de contas tenho que conviver comigo diariamente.

- Aprendi o fenómeno do Teletrabalho e também estou a tentar que resulte, apesar de ser um negócio e portanto neste momento, só há uma maneira de o trabalhar: através das redes sociais.

- Tenho que apreender coisas novas todos dias, pois como percebi que o meu negócio daqui para a frente só funciona através das redes sociais, ando a absorver tudo o que posso, a seguir perfis, dicas de como se constrói algo do zero, e espero a partir de Maio iniciar uma nova revolução no Instagram, que só usava para fins lúdicos, e que para usar para fins profissionais, tem muito que se lhe diga.

Bem este post já vai longo...Vou aqui deixando noticias das minhas novas aprendizagens.

E vocês já aprenderam alguma coisa? Contem-me tudo.

Aprendi que um estendal não tem que necessariamente ser só para estender roupa, e que talvez esteja a ter comportamentos infantis, mas não sei.

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Foto: Varanda da Loucura

03
Mar20

Temos que estar bem

Just Be

Para conseguirmos ajudar os outros. 

Como verificaram eu estive ausente durante uns meses. 

Porque não estava bem, sentia-me sem energia, com ansiedade e pouco motivada e focada. 

Estava num processo de alguma instabilidade emocional. E neste blog que anteriormente se chamava O meu diário anti cancro, não conseguia passar boas vibrações se eu própria não estava bem. 

E o meu objectivo sempre foi falar do meu processo enquanto doente oncológica, mas sem passar muito negativismo. Afinal tenho que motivar e elevar a moral a quem está a passar por este processo. 

Não só quem está a passar directamente, mas também indirectamente. Hoje em dia esta doença, é já praticamente uma doença crónica, tendo em conta o número crescente de pessoas que são diagnosticadas todos os dias.

Conhecem aquela história do avião, em que nos explicam que devemos ser os primeiros a colocar a máscara e só depois ajudar os outros? É a mais pura das verdades, se não nos ajudarmos a nós próprios, não podemos ajudar os outros. E foi isso que aconteceu comigo. 

Agora sinto que já vou puder ajudar mais, pois já estou novamente com a energia e estabilidade emocional para o fazer.

Nao prometo postar aqui todos os dias, até porque estou a usar muito mais o Instagram. 

Mas vou procurar que sempre que aqui escreva seja um texto com um conteúdo que ajude pelo menos uma pessoa. 

Porque se ajudar pelo menos uma pessoa, já estou a fazer o meu trabalho. 

É isso o objectivo de esta nova volta às redes. 

Lição de hoje para todos, seja em que circunstância for, temos que estar bem para podermos ajudar quem amamos. 

E vão ver que existem muitas alturas na vida que andamos desanimados, sem forças, sem foco e sem rumo. É nessas alturas que temos que parar respirar fundo e pensar em nós próprios e como nos sentimos e procurar formas de melhorar.

Concordam?

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05
Jun19

Trabalhar à comissão e o Sorriso à Monalisa

Just Be

Trabalhar à comissão é um dos trabalhos mais ingratos e stressantes que existe.

 

Como acho que já disse anteriormente, trabalho a recibo verde e à comissão desde 2004 no Ramo Imobiliário. E como isso não dá qualquer segurança, resolvi que embora não deixe a imobiliária, não me vou restringir a ela.

 

Portanto uma das minhas resoluções foi arranjar algo que pague as contas mensais e o restante quando vier é um extra.

 

A imobiliária tem muitas oscilações, e se os últimos 3 anos foram excelentes para quem trabalha o mercado estrangeiro, este está mau devido a vários factores externos, como o Brexit, Os populismos em França e Espanha, A falta de liderança na Alemanha, EUA e China, entre outros. E quando estes factores se dão, as pessoas ficam em paralisia e não investem, para ver o que vai dar, pois não sabem o que aí vem e assim se dão as crises, que é quando o investimento desacelera devido ao medo e instabilidades político-financeiras.

 

Outra questão é que gastas dinheiro sem ter por vezes qualquer retorno: o carro é a meu cargo, tais como os seguros e impostos inerentes ao mesmo, a oficina, o gasóleo, o telemóvel e por aí adiante. Já para não falar que pagamos por nossa conta todos os impostos e Segurança Social. Este é um assalariado perfeito para qualquer patrão deste País das Maravilhas. É que existe o recibo verde e depois ainda existe o recibo verde à comissão, onde para trabalhares tens que pagar à frente e ficar à espera do retorno.

 

Podemos andar com um cliente a mostrar casas um dia inteiro, fazer 200 Km e ele no fim dizer algo do género:

 

Gostámos muito da casa X mas temos a nossa para vender em Inglaterra. Por isso não podemos avançar agora.

 

Ou

 

Gostámos muito da Zona, mas ainda temos que explorar mais zonas no País

 

E eu penso para mim: Olha-me estes imbecis, que me me mentiram, pois pergunto sempre se existe algum impedimento para a compra,  para o caso de gostarem de alguma casa e eles respondem sempre: Nenhum.

 

Já escolheram a Zona: Sim é nesta que queremos ficar.

 

Vão todos para um sitio que eu cá sei... para o vosso país da treta sem sol...e não venham fazer perder o tempo das pessoas aqui.

 

Com o Inglês não se pode falar abertamente de dinheiro: É uma questão cultural que o pode ofender e corre-se o risco de perder logo o cliente

 

Estes estrangeiros na maioria dos casos são todos cheios de "nove horas". Dizes a palavra errada e já fostes.

 

Por vezes só me apetece mandá-los a um sitio, mas como ainda não sou milionária, não dá. Até porque vão voltar e se os confrontas hoje da próxima vez que voltarem mesmo para comprar, vão ter com outro.

 

Felizmente que existem 5% deles que são fantásticos. 

 

Por isso engulo em seco, respiro fundo e não digo nada, apenas faço um sorriso "Monalisa" e digo ficarei à espera que resolvam a vossa situação e cá estarei para os ajudar nessa altura.

 

Alem do mais no ultimo ano abriram imobiliárias aos pontapés. O que vale é que quando vem uma crise só sobrevivem as que já estão no mercado há mais de 10 anos.

 

Mas uma coisa eu decidi: Não vou estar mais dependente desta gente que me deixa doida, nem das oscilações dos mercados ou de qualquer outra situação.

 

Portanto vou arranjar algo que trabalhe e receba ao fim do mês. Estou farta de fazer o sorriso "Monalisa" quando estão literalmente a gozar com a minha cara.

 

Vejam no próximo post como consegui rapidamente arranjar um ou vários part-times...ainda estão alguns em banho maria

 

Até Já

 

Fica aqui a cara que tenho que fazer e os meus músculos faciais já não aguentam mais:

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Até Já

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